Quem ganharia um desafio de processadores: Ryzen 7 1700X ou o Xeon E5-2650 V3? Dois ótimos processadores que rodam aplicativos, jogos atuais e tem um ótimo custo-benefício, mesmo com o dólar nas alturas. Quem venceria essa batalha?
Iniciamos com os valores dos respectivos kits contendo: uma placa mãe intermediária, processador, memória RAM e o cooler do processador.
Para o kit Ryzen encontramos na Terabyte (https://www.terabyteshop.com.br/) a placa mãe Asus B450M Pro TUF Gaming por R$ 749. O processador Ryzen 7 1700 encontramos usado na AliExpress e com frete fica em torno dos R$ 650. A memória encontramos também no AliExpress e escolhemos utilizar 16GB DDR4 de 2666MHz (2X8GB) para ativar o dual channel e para dar bastante folga, em termos de memória, para o sistema, que ficou com frete por R$ 314. E o cooler para o processador escolhemos o Air Cooler Gamma 300 da Gamemax que encontramos no Mercado Livre por R$ 209 e assim o nosso Kit Ryzen ficou por R$ 1.922.
Lembrando que no caso do kit Ryzen, apenas o processador é usado e sua placa mãe, além de ser nova e com garantia, também aceita vários upgrades de processadores, inclusive uma possível atualização para os processadores Ryzen 4000 (AMD ainda não confirmou essa atualização).
Para o kit Xeon encontramos na AliExpress a placa mãe Kllisre x99 com frete grátis para o Brasil por R$ 500. E lá também encontramos o processador Xeon E5-2650 V3 por R$ 476. Para as memórias utilizaremos os mesmos valores do kit Ryzen. Finalmente para o cooler do processador encontramos no Mercado Livre o ótimo Air Cooler Gamma 500 da Gamemax por R$ 249, assim, o valor total de nosso kit Xeon ficou por R$ 1.539.
No caso do conjunto Xeon temos tanto a placa mãe, como o processador usados, mas são peças que geralmente não dão problemas técnicos e tem um ótimo custo-benefício. Outra vantagem nessa plataforma é que as memórias podem ativar o quad channel, utilizando os quatro slots (neste teste não utilizaremos este recurso), e como o Ryzen, também pode receber overclock (particularidade dos Xeon V3).
Os nossos processadores desafiantes: de um lado o Ryzen 7 1700X (2017) de 3.5GHz, 8 núcleos e 16 threads que alcançou no benchmark do CPU-Z a marca de 4360 no multithread e 419 no single thread (para ela usamos a placa mãe B450M AORUS da GIGABYTE) e do outro temos o Intel Xeon E5-2650 V3 (2014) de 2.6GHz, 10 núcleos e 20 threads que levou uma certa desvantagem no CPU-Z, alcançando 3578 no multithread e 282 no single thread (placa mãe Atermiter, a X99 LGA2011 – V3).
O Ryzen com menos núcleos, mas com mais potência de clock e o Xeon com menos GHz, mas com muito mais núcleos. Quem venceria o desafio?
Para esta bateria de testes incluímos a poderosa placa de vídeo RTX 2080 Super de 8GB, 256 bits da GIGABYTE para que os processadores não tenham limitadores de processamento para os gráficos.
Iniciamos os testes em jogos com o benchmark do excelente e atual Forza Horizon 4 no Full HD e com as configurações gráficas no Ultra:
O Ryzen se saiu um pouco melhor, indicando que o jogo poderia estar mais bem otimizado para um clock maior do processador onde seu uso ficou em 48% com 44 ºC, entregando um FPS em torno de 112 quadros por segundo e o frametime ficou liso em 8.2ms. O 1% mais baixo de FPS ficou em 88.
O Xeon teve um desempenho muito parecido no Forza Horizon 4, tendo um uso de 30%, com 47 ºC, entregando um FPS entorno dos 105 quadros por segundo (FPS 1% mais baixo de 80) e um frametime de 9.8ms.
O próximo teste foi o extremamente detalhado, pesado e que pede muito dos núcleos dos processadores: Assassin’s Creed Odyssey. Também utilizando o benchmark do jogo com as configurações no máximo e em Full HD:
O Ryzen se saiu muito bem, mas perdeu por pouco do Xeon. O CPU da AMD teve o uso de 51% com 48 ºC, tendo um FPS de 62 quadros por segundo e o seu 1% mais baixo ficou em 36. O frametime em 17ms.
Xeon E5-2650 V3 dessa vez foi um pouco melhor, tendo um uso em 42% com a temperatura em 50 ºC. O FPS ficou em torno dos 66 quadros por segundo e o seu 1% mais baixo em 39, mostrando assim o poder de muitos núcleos apesar do clock menor.
Destaque para os coolers da Gamemax que seguraram bem a temperatura dos processadores, não permitindo passarem dos 50 ºC em nenhum momento.
O último desafio para os nossos processadores foi o campo de batalha: Call of Duty: Warzone (2020) que também rodamos em Full HD e com as configurações gráficas no Ultra. Desta vez não usamos o modo benchmark, pois o título não disponibiliza, então partimos para a ação pelos mesmos cenários para ambos os processadores.
O Ryzen foi perfeito e com 38% de uso, com a temperatura não passando dos 46 ºC entregou um FPS em torno dos 131 quadros por segundo, frametime de 9ms e o seu índice de FPS 1% mais baixo foi de 71.
E desta vez o Xeon nos surpreendeu, vencendo a batalha: com um uso de 37%, com a temperatura em 50 ºC, entregou um FPS de 152 quadros por segundo e o seu 1% mais baixo ficou em 89. Frametime ficou liso em 6ms.
Uma batalha de processadores empolgante em que quase tivemos um empate, tendo o nosso Xeon superado por pouco o Ryzen 1700X, mas que conclusão podemos chegar?
Se fossemos indicar um dos processadores, teríamos inicialmente que perguntar qual seria a sua necessidade, quais aplicativos ou jogos você iria usar, pois alguns programas e jogos precisam de mais clock e outros precisam de mais núcleos para o multitarefas, ficando a resposta entre essas duas ótimas opções.